quinta-feira, 11 de março de 2010
Direitos Imprescritíveis do Leitor - Parte II
Mais uma vez, estão em jogo os direitos imprescritíveis do leitor, agora sob uma perspectiva, de certa forma, homóloga à proposta pelo Daniel Pennac. Veríssimo expõe, de uma maneira inteiramente irônica, que o direito do leitor de não ler deve ser exercido para que não sejam dadas opiniões descabidas sobre determinados assuntos. E, sobretudo, “é melhor não ler do que ler tudo e chegar ao fim de uma leitura raivosa pensando em proibir a opinião que desagradou (...)”. Assim, antes do que propor qualquer atitude totalitária acerca da leitura feita, devemos fazer o uso de um direito não menos importante, mas sim igualmente de mesmo valor que, muitas vezes, é esquecido: o direito de calar; de se pôr no seu lugar e não opinar sobre um assunto do qual você desconhece, mas insiste em falar.
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