quarta-feira, 10 de março de 2010

Direitos Imprescritíveis do Leitor

De acordo com o texto “Os Direitos Imprescritíveis do Leitor”,de Daniel Pennac, temos o direito de não ler. Mas será que realmente temos? Afinal, vivemos na conhecida era da informação, onde nos é exercido um poder coercitivo acerca da leitura. Assim, além de sermos guiados por um mundo paralelo e irreal explorado pela mídia, utilizado como fuga (para a alienação), nos sentimos ameaçados devido a determinadas atitudes de discordâncias com a ordem pré-estabelecida, que é ler, ler e ler. Mas ler o quê? Notícias sensacionalistas que nos despertam um mal-estar imediato, chocando-nos? Ler as últimas fofocas do mundo das celebridades, que servem como estereótipo de mundo perfeito para nós? Desta forma, acabamos por adentrar noutro direito imprescritível do leitor: o direito ao bovarismo. Este é o preferido dos bem-informados de plantão. Tornam-se personagens da vida seca e irreal do mundo das novelas e acabam por tornar estas as suas vidas, que nada mais são do que meras sessões de cinema em que o filme acaba e você continua dormindo na sala de exibição.

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