Supervisão: Cláudia Miranda
Professores:
Projeto: Cláudia Miranda, Pedro Lobão, Otávio Leonídio, Vera Hazan e Cláudia Escarlate
Representação: Vera Hazan
Paisagismo: Cláudia Escarlate
Teoria, História e Crítica: Antonio Sena
Tecnologia: Geraldo Filizola
Monitoria: Júlia Trapani e Manoela Braga
ARQ 1104 PROJETO DO ESPAÇO COLETIVO 2010.2
ll ficha técnica
Arquitetura: Guilherme Nascimento
Localização: Botafogo – Rio de Janeiro/ RJ
Área do terreno: 1855 m²
Área construída: 2500 m²
Memorial justificativo de partido
Com o objetivo de oferecer não somente recursos que estejam ligados à prática da leitura e ao conhecimento surge a ideia para este projeto de midiateca como um espaço em as pessoas se encontram. Enraizado cada vez mais em nosso cotidiano o pensamento que se dedica exclusivamente ao individualismo em detrimento da coletividade, proponho uma arquitetura que valorize não o espaço tradicional da biblioteca, que de certa forma isola os indivíduos, mas sim um meio oferecer mais contato entre as pessoas.
A questão dos cheios e vazios é a peça chave do projeto. É a partir da criação de espaços através dos vazios internos da midiateca que sugiro a interação e a socialização. Essas massas escavadas do interior do edifício proporcionam, também, uma sensação de amplitude espacial e permitem o aproveitamento da luz natural zenital.
Os espaços foram projetados com o mínimo de hierarquia, a fim de que se obtivesse uma unidade homogênea na qual todos os ambientes pudessem se interrelacionar e se comunicar de maneira clara, permitindo fluidez e continuidade espacial.
Às áreas de uso coletivo foi dada uma atenção especial. Ainda assim, ambientes tradicionais de uso individual, como espaços de leitura, foram pensados como meio de atender as atividades que requerem um maior silêncio. Ainda assim, estes não se apresentam de maneira clássica e isolada, estando, portanto, conectados visualmente com outras áreas da midiateca, através dos vazios.
O uso de estrutura metálica, combinada com panos de vidro e fechamento de pele também metálica proporciona, além da circulação de ar e um bom aproveitamento da iluminação natural, a continuidade espacial e visadas tanto do interior quanto do exterior do edifício com o seu entorno, potencializando a sua relação de interação com o espaço onde se encontra.
A proposta é oferecer não somente um equipamento que seja capaz de atender a necessidades intelectuais voltadas para a pesquisa e o conhecimento, mas também um elemento no qual as pessoas possam interagir, permitindo a integração dos diversos tipos de públicos deste tão heterogêneo bairro onde o terreno se encontra – Botafogo – sendo capaz de atender em toda a sua pluralidade a qualquer faixa etária de usuário.